terça-feira, 6 de setembro de 2011

Anos 60

A tv na dec.de 60
Os anos 60 trouxeram renovações para o veículo que alteraram profundamente o seu comportamento. As novidades tecnológicas permitiram maior agilidade e maior alcance da informação iniciando as condições para que a televisão se consolidasse como o mais importante veículo de comunicação.
Dois gêneros de programas contribuíram para que a TV se tornasse fenômeno de comunicação de massa no país: o programa de auditório (com a introdução dos comunicadores) e a telenovela.Profissionais como Chacrinha (Abelardo Barbosa), Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo e Silvio Santos surgiram, cada um com um estilo próprio, e todos obtendo enorme audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. Os comunicadores Chacrinha e Silvio Santos dirigiam-se a um público de nível sócio-cultural mais baixo, apresentando atrações de apelo popular como calouros, gincanas, distribuição de brindes, concursos, premiações e outros.Chacrinha tornou-se um fenômeno de comunicação analisado por estudiosos por sua maneira de apresentação, sua maneira de se vestir e pelos prêmios estranhos que distribuía ao seu auditório. Flávio Cavalcanti manteve o esquema que o havia consagrado anteriormente em programas de rádio: a divulgação da música popular brasileira, com lançamentos e concursos. Os três comunicadores valiam-se da presença de júris, compostos por pessoas famosas. O programa de Hebe Camargo tornou-se uma espécie de sala de visitas de São Paulo, recebendo todas as personalidades em passagem pela cidade. Dirigido a um público mais exigente, o programa exibia desfiles de moda, debates, bailados, entrevistas famosas e boa música popular brasileira.

O RÁDIO NA DÉCADA DE 60
O censo de 1960 nos fornece ainda dados quando às principais características dos domicílios particulares, nos quais detalha itens tais como o abastecimento de energia elétrica e a posse de aparelhos eletrodomésticos como rádio, geladeira e televisão, entre outros.
Pode-se observar a proximidade entre os índices de fornecimento de energia elétrica e o da existência de aparelhos de rádios nos domicílios visitados - 38,54% do total com energia elétrica e 35,38% do total com aparelhos de rádio. Do mesmo modo se pode perceber que somente uma pequena parcela da população tinha acesso aos aparelhos de televisão - 4,6% do total -, sendo que se passarmos para o quadro rural, o número domicílios que possuíam de aparelhos de televisão é inexpressivo.
Músicas(intérpretes compositores)
O iê-iê-iê de Roberto Carlos e da Jovem Guarda ajudou a embalar a década de 60 no Brasil. Um período marcado também por inesquecíveis festivais da música popular brasileira, que fizeram despontar nomes como Elis Regina e Jair Rodrigues, Da bossa nova surgiram grandes compositores e intérpretes - Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nara Leão, Elis Regina, Elisete Cardoso, Johnny Alf, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Luiz Bonfá, Baden Powell, e tantos outros.
Em 1966, a gravação de um disco de Frank Sinatra, com as composições de Tom Jobim, popularizou ainda mais a bossa nova, já mundialmente conhecida com a gravação de Garota de Ipanema, de Tom e Vinícius, por cantores de renome em vários países.
canção,  partido alto, samba de breque, samba-choro e o samba-enredo, este próprio do Carnaval, a maior festa popular do Brasil.
Da influência do samba e da bossa nova - não propriamente dos ritmos, mas da sua brasilidade - surgiu na metade da década de 60 o Tropicalismo, movimento liderado pelos compositores Caetano Veloso (Alegria, Alegria) e Gilberto Gil (Domingo no Parque). Esta tendência musical misturava as  manifestações da cultura popular, a arte de vanguarda e crítica social.
O Tropicalismo teve forte influência na estética de filmes, peças teatrais, artes plásticas e livros, mas se expressou integralmente através da música, atraindo seguidores de talento, tais como Tom Zé, Capinam, Maria Bethânia, Nara Leão, Gal Costa, Os Mutantes, Torquato Neto e os maestros Rogério Duprat e Júlio Medaglia.A maioria destes artistas diversificou suas carreiras por diversos estilos musicais, enriquecendo ainda mais a MPB. Nomes famosos alcançaram grande sucesso no Brasil e no exterior sem terem passado por nenhum movimento musical específico, mas imprimindo às suas obras um pouco de cada tendência musical brasileira.É o caso, por exemplo, de Chico Buarque de Hollanda, o intérprete dos acontecimentos políticos e sociais do país, o intimista Edu Lobo, que transitou pela bossa nova e ampliou seu trabalho ao universo da cultura popular, e Milton Nascimento, conhecido por seu refinamento musical. 
Política
Nem mesmo o golpe militar de 1964 foi suficiente para abafar a efervescência cultural da época, marcada também pela contestação política. Mas os militares conseguiram impedir a manifestação mais legítima de cidadania: proibiram o voto direto para presidente da República e representantes de outros cargos majoritários, como governador, prefeito e senador. Apenas deputados federais, estaduais e vereadores eram escolhidos pelas urnas. O regime que destituiu o presidente João Goulart fechou emissoras de rádio e televisão, e a censura tornou-se prática comum.
Bipartidarismo
Em 1968, o presidente Costa e Silva decretou o Ato Institucional número 5, o AI- 5, que deu plenos poderes ao governo. O Congresso foi fechado e diversos parlamentares tiveram seus direitos cassados. Partidos políticos foram extintos e o bipartidarismo foi adotado no País: foram criados a Arena, que reunia partidos do governo, e o MDB, que aglutinava as "oposições".
Telefones
Nas décadas de 50 e 60 alguns acontecimentos marcaram o desenvolvimento das telecomunicações no mundo, mas o Brasil estava praticamente mudo com a estagnação do setor. Seu desenvolvimento foi retomado a partir do final da década de 60, após a regulamentação do Código Brasileiro de Telecomunicações, em 1963;
Em março de 1969 foi inaugurado o primeiro tronco sul de microondas da Embratel, interligando São Paulo, Curitiba e Porto Alegre; um ano depois foi inaugurado o sistema DDD (Discagem Direta à Distância).
Os hippes

HIPPIE quer dizer JOVEM relaxado, com os cabelos longos, jovem rebelde dos anos 60 que aceita a  liberdade sexual e o uso de drogas.
Para ser um hippie você deve acreditar na paz como a maneira resolver diferenças entre povos, ideologias e religiões. A maneira à paz é com o amor e a tolerância. Amar significa a aceitação de outra enquanto é, dar-lhe a liberdade para expressar-se e não os julgar baseados em aparências. Este é o núcleo da filosofia do hippie.
Assim ser um hippie não é uma matéria do vestido, do comportamento, do status econômico...É uma aproximação filosófica à vida que enfatiza a liberdade, a paz, o amor e um respeito para outro e à terra. A maneira do hippie nunca morreu.
Começaram a surgir jovens rebeldes delinqüentes e desajustados, mas tinham um grande potencial criativo, e seus próprios ideais, o rock psicodélico, as drogas e as contradições dos antigos valores dados pela sociedade, marcaram esse período "mágico".

Fatos e personagens da dec. de 60
Augusto Boal
Autor, diretor e teórico. Um dos importantes nomes do teatro brasileiro a partir da década de 60, ligado ao Teatro de Arena de São Paulo até os anos 70 e criador do teatro do oprimido, internacionalmente conhecida metodologia cênico-pedagógica
Caetano Veloso

Compositor, cantor e escritor. Um dos grandes artíficies da contracultura brasileira ao empregar o slogan 'É proibido proibir', espelhando-se no movimento que ocorria em Paris de 1968
Carlos Lyra

Compositor, cantor e instrumentista, grande influência na divulgação do violão como instrumento importante na bossa nova. Ligado ao CPC da UNE, que procurava questionar a herança cultural da música popular brasileira, começou a fazer contatos com outros compositores populares, resultando daí uma parceria com Zé Kéti no Samba da legalidade
Chico Buarque

A vida e algumas pérolas do cancioneiro Chico Buarque, que em determinados momentos teve que assinar como o Julinho da Adelaide para driblar a censura
Geraldo Vandré
Autor da música "Prá não dizer que não falei das flores", que chegou ao 2º lugar no Festival da TV Globo de 1968, perdendo para Sabiá (Chico Buarque/Tom Jobim), apesar de ser a preferida do público, que a cantou em uníssono no Maracanãzinho e virou hino contra a ditadura.
João das Neves

Diretor e autor. Durante doze anos cria espetáculos para o Grupo Opinião, um dos principais focos de resistência político-cultural das décadas de 60 e 70, onde escreve e monta O Último Carro, metáfora do Brasil em um trem desgovernado.
João do Vale

Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro
Maria Bethânia

Irmã do compositor e cantor Caetano Veloso, nasceu no dia 18 de Junho de 1946 em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Desde a infância gostava de cantar, imitando os artistas que ouvia no rádio e sabia que seu destino era o palco.
e muitos outros..........
Slogans

Foi nos Anos 60 que nasceu um novo modo de viver, sonhar e morrer, no qual o que importava era a revolução em beneficio do homem, em nome da liberdade. O novo homem devia estar de acordo com seus instintos. Buscava-se libertar o corpo e a alma de conceitos artificialmente instituidos pela industria cultural e pela comunicação de massa, e entrar em sintonia com seus desejos.
O mundo sob os olhos dos profetas e grandes místicos falaram muito sobre isso, mas parecia algo longínguo e até mesmo impossível. Um dia, em abril de 1961 o irreal se tornou real; um homem, sozinho dentro de uma nave espacial, viveu a incrivel experiencia de ver a Terra em todo o seu conjunto, redonda, inteira. "A Terra é azul". Este homem era Yuri Gagarin. Em 1969 o homem finalmente pisa na Lua, anunciando a chegada de um novo tempo. O mundo deixou de ser abstrato e passou, realmente, a existir.
Entre os slogans grafitados pelos muros de Paris, podia-se ler: "Quando penso em revolução quero fazer amor"; "É proibido proibir" (titulo de uma musica do tropicalista Caetano Veloso); "A felicidade é o poder estudantil";
1951 / 1965: Isto faz um bem
1966 / 1971: Tudo vai melhor com Coca-Cola
Costumes
Estilo hippie
Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos
Camurças com franjas;
Estilo apache;
Estilo safári;
Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas;
Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos;
Estampas florais, Pucci e psicodélicos em quantidade;
Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras;
Bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo;
Botas de camurça e sandálias de plataforma;  Saias longas, estampadas, estilo cigana e muita interferência de brilhos e plumas nas roupas, se acentuando no final da década de 60 em uma forte inspiração dos anos 1930 em todas as formas de arte.

Gírias
Abafar: Arrasar, chegar e fazer com que todos os olhares se voltassem na sua direção. Daí a expressão "crente que está abafando".
B

Biruta: Doido. Maluco. A palavra foi imortalizada em Eu Não Tenho Namorado, cantada por Celly Campello, em que Tony Campello pergunta para a irmã: Você ficou biruta?
C
Cadilac: Nome genérico dado aos carros luxuosos e possantes.
Clube do Bolinha: A expressão, inspirada no personagem da história em quadrinhos, designava festas fechadas para o público feminino.
D
Daqui, ó: Sempre acompanhado de um gesto, que segurava com as pontas dos dedos o lóbulo da orelha, significava algo muito bom, maravilhoso.
E

Estraçalhar: Sair-se bem numa apresentação. Fazer um bom programa. Arrebentar.
F
Ficar pra titia: Não casar.
G

Grampear: Guardar na memória alguma coisa ou alguém.
Gema: Preciosidade, coisa fina.
L

Ligado: Atento. Também era usado para definir pessoa que costumava usar tóxico.M
Máquina: Automóvel.
Maninha: Jeito gentil de chamar a amiga, sem a conotação sexual de gata. O seu uso denotava amizade, afeição, carinho.
P
Papo-firme: Garota ou garoto bom/boa de prosa. Ou ainda, pessoa interessante, desinibida, segura, cheia de suas próprias convicções.
Moda
S
Sacar: Entender, perceber. A palavra também era usada no sentido de criar. Exemplo: Fulano sacou uma frase espetacular.
T

Trouxa: Pessoa boba, otária, ingênua, desinformada.
Tal: Quando alguém era o/a tal, ele/ela era simplesmente o máximo.
U
Unissex: Roupa que podia ser usada por ambos os sexos.
V

Volta ao mundo: Marca de camisa masculina, de náilon, que virou mania nos anos 60, usado por dez entre dez jovens da época.
Nos anos 60, pela primeira vez, a moda focalizou os jovens, ampliando a massa consumidora.
Aqueles foram os anos "do último grito da moda" - o início da escravidão de garotas com as novidades da moda. Corriam nas lojas todo mês para atualizar o look.
As saias eram mais curtas, diminuindo até o tamanho da "hot pants", shortinho que virou mania na época.
Um dos hits daquela época foi o vestido tubinho com botas de cano longo (brancas na maioria das vezes). Houve também o surgimento da arte POP, filmes e peças revolucionários.
A louca coleção metálica de Paco Rabane levava à era espacial. Yves Saint Laurent, Paco Rabanne, Courréges, Pierre Cardin e a inglesa Mary Quant (que dividiu com o francês André Courrèges a criação da minisaia) souberam tirar proveito da moda jovem, tornando-se referência mundial.
O final da década de 60 representa uma época de muita incerteza, surgindo assim dois novos movimentos que afetaram a moda: a revitalização da volta à natureza e o impacto do movimento feminista.
Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos.
Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade "On the Road" (título do livro do beatnik Jack Keurouac, de 1957) da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente.
O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.
Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos.
Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.
Algumas personalidades de características diferentes, como as atrizes Jean Seberg, Natalie Wood, Anouk Aimée, modelos como Twiggy, Jean Shrimpton, Veruschka ou cantoras como Joan Baez, Marianne Faithfull e Françoise Hardy, acentuavam ainda mais os efeitos de uma nova atitude.

Cinema
Cinema brasileiro dos anos 60 é revisto em livro
O livro As Grandes Personagens da História do Cinema Brasileiro, 1960/1969, reúne perfis de 71 pessoas fundamentais para o cinema nacional da época. Há desde diretores consagrados a técnicos quase anônimos que contribuíram para criar um cinema que marcou época
Rio de Janeiro - Nos anos 60, o cinema brasileiro ganhou o mundo e encontrou sua linguagem, seguindo o preceito de Glauber Rocha de que para realizar um filme só era preciso uma câmera na mão e uma idéia na cabeça. Para contar essa história, a editora Fraiha lança o livro As Grandes Personagens da História do Cinema Brasileiro, 1960/1969, com perfis de 71 pessoas que se destacaram nessa época. "O tom é de homenagem e não de análise do período, já muito estudado", diz a editora Sílvia Fraiha. "Ampliamos nosso foco para técnicos e outros profissionais porque eles foram tão importantes quanto diretores e autores de cinema."
As Grandes Personagens é o segundo volume de uma coleção que pretende cobrir os mais de cem anos de nosso cinema.

Resumo dos trabalhos de todos os grupos do blog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário